Você sabe que vai acontecer, tem data marcada e, antes já se começa a sentir as emoções à flor da pele. Essa revolução mensal de corpo e mente tem nome: síndrome de tensão pré menstrual, onde a maior parte das mulheres já sentiu ou sentirá seus efeitos pelo menos uma vez na vida.
Deve-se ressaltar que não só a mulher, mas todos à sua volta sofrem com esse problema, vez que seus sintomas são terríveis.
Os sintomas são variavéis em intensidade e, às vezes, de mês para mês, começam alguns dias antes da menstruação, onde a vítima acorda de mau humor e com a sua labilidade emocional alterada, sente dores de cabeça alucinantes e ainda carrega uma culpa enorme por atacar a geladeira de forma compulsiva atrás de doces e carboidratos em geral.
Sabe-se que as alterações hormonais ocorridas logo após a ovulação são em grande parte responsáveis pelos sintomas da tensão pré menstrual; o que acontece na segunda metade do ciclo é o aumento da produção de progesterona e da prolactina, hormônio que atua sobre todas as funções do organismo feminino, inclusive as sexuais.
Os principais sintomas são: irritabilidade, raiva, ansiedade, depressão, indecisão, introspeção, perda de interesse pelas suas atividades, perda ou diminuição da libido. hipersônia ou insônia, alterações de apetite, dor nas mamas, dor de cabeça, dores musculares e inchaço.
A síndrome de tensão pré menstrual não tem cura, mas suas crises podem ser evitadas ou controladas com diversos tipos de tratamento: do uso de diuréticos a hormônios, de vitaminas a calmantes, sem excluir a psicoterapia.
A receita alimentação balanceada + exercícios físicos + tratamento medicamentoso parece batida? As terapias atuais incluem tudo isso no combate à síndrome de tensão pré menstrual. O exercício físico, além de condicionar o corpo, estimula a produção de uma outra substância quimica no cérebro, a endorfina, resonsável pela sensação de bem estar e prazer.
Já quanto a alimentação, o importante é reduzir ou não consumir alimentos que estimulem os incômodos provocados no periodo pré menstrual como:
1) sal e condimentos em geral – a produção do hormônio anti-diurético aldosterona dificulta a eliminação de liquidos, provocando inchaços e ganhos de peso de até 2Kg em média. O ideal é fugir de comidas muito salgadas, apimentadas ou condimentadas em geral;
2) carboidratos e doces em geral – embora eles sejam ótimos para diminuir a ansiedade, podem provocar aumento das taxas de açucar e gordura no sangue. Opte por alimentos diet ou light e com baixo teor de gordura;
3) cafeína – essa substância está associada à dor ou sensibilidade da mama e ao aumento da irritabilidade. Substitua café e chá preto por chás verdes ou suco de frutas.
Exercícios físicos monitorados e alimentação balanceada são indicados para qualquer caso. Porém as pacientes cujas crises são mais intensas e persistentes são submetidas a tratamento com determinadas drogas, como diuréticos, vitaminas, hormônios e calmantes.
Na escolha do tratamento adequado, a dosagem e frequência devem ser sempre orientadas pelo médico. Cabe a ele, a partir do histórico de cada mulher, optar pelo caminho mais seguro para cada uma. O importante é que a paciente se sinta segura e bem e principalmente que saiba que há um tratamento ideal para ela.