Durante o verão várias doenças infecciosas se manifestam, dentre as mais incidentes estão o Herpes e a Candidíase. O conhecimento das formas de manifestação é de suma importância para a sua prevenção.
Herpes
Pode parecer mentira, mas é estatística confirmada que cerca de 3% da população mundial sofre – ou ainda vai sofrer – com os sintomas do herpes.
A doença incomoda, preocupa quem sofre com ela, não deixa de doer, enfim, é um grande problema. Mas a dermatologia tem soluções para diminuir a dor e espaçar as crises do herpes.
Como se manifesta
O Herpes é causado por uma infecção por vírus. As feridas se parecem com bolhas, surgem agrupadas e, além de ter aparência desagradável, provocam dor, ardência e coceira. Há dois tipos principais de vírus. O do tipo 1 invade o organismo por meio da pele ou da mucosa e costuma gerar feridas no contorno dos lábios. O do tipo 2 é transmitido por contato sexual e faz surgir ulcerações nos genitais. A doença alterna períodos de hibernação e de crise. Esta é desencadeada por fatores como queda de resistência, estresse, infecções em geral e excesso de exposição ao sol. Depois de infectada, a pessoa estará sujeita a surtos, que duram uma semana, ao longo da vida, apresentando a seguinte seqüência:
1- inicialmente pode haver coceira e ardência no local onde surgirão as lesões.
2- a seguir, formam-se pequenas bolhas agrupadas como num buquê sobre área avermelhada e inchada.
3- as bolhas rompem-se liberando líquido rico em vírus e formando uma ferida. É a fase de maior perigo de transmissão da doença.
4- a ferida começa a secar formando uma crosta que dará início à cicatrização.
5- a duração da doença é de cerca de 5 a 10 dias.
Tratamento
Para tratar e amenizar a dor deve-se fazer compressas com água boricada evitando que os microorganismos se multipliquem. Remédios antivirais são recomendados a quem apresenta lesões internas, pois diminuem a dor e aceleram a recuperação. O tratamento preventivo é uma alternativa para impedir a reincidência do herpes. O mesmo medicamento prescrito nos surtos é ingerido em pequenas doses diárias por quatro a seis meses. Isso ajuda a evitar que o vírus migre do tecido nervoso, onde permanece escondido durante a hibernação, chegue à pele e provoque erupções.
Candidíase
A candidíase é ocasionada por um bichinho, um fungo singelamente chamado de cândida. De fato, ele é uma criatura plácida na maioria das pessoas: vive no corpo da gente, sem causar nenhuma espécie de problema. Mas isso só até que o organismo resolva achar que está numa tourada e que é hora de fazer uma hola. Se a cândida decidir que também vai entrar nessa, esteja certa de que vem problema pela frente. Da boca, com o velho sapinho, até a outra extremidade, com a candidíase intestinal. Mas são mesmo as mulheres que, de longe, mais sofrem com os ataques dessa tal de cândida. Seus lugares de ataque preferidos são sempre doces, escuros, quentes e úmidos. O desenvolvimento do fungo precisa de um organismo favorável para acontecer. Mulheres com doenças que provocam a baixa imunidade como AIDS, por exemplo, são propensas à candidíase.
Melhor prevenir
A quantidade de mulheres no mundo inteiro que tem candidíase vaginal é enorme. A cândida faz parte da flora vaginal e fica ali parada. Baixou a resistência, por qualquer coisa, ou uma briga, ou uma situação de cansaço, ou por uso de algum antibiótico, ela aparece, quase sempre com coceira, inchaço, vermelhidão e corrimento. É meio hormonal, às vezes também pode ser a pílula, às vezes pode aparecer em função do diabetes, ou do parceiro que tem diabetes. O cloro da piscina também modifica o pH da vagina e pode ocasionar a candidíase. Muitas mulheres acham que pegaram candidíase na praia e não é muito bem isso. È que a água do mar e o biquíni de lycra, que abafa ainda mais a região, favorecem o surgimento dela. Mas a cândida já está lá, faz parte do corpo. Tratamentos prolongados com antibióticos, situações de estresse, gravidez, obesidade, falta de higiene, pH ácido, pré-menstruação, desodorantes íntimos e uso de roupas inadequadas (justas e sintéticas) também podem deixar a pessoa sensível ao problema.
Tratamento
Existem muitos tipos de candidíase vaginal. A maior parte deles pode ser curada com simples comprimidos e cremes, mas um caso em particular é mais preocupante: a candidíase de repetição ou reincidente. A candidíase de repetição aparece em mais ou menos 10% dos casos. Ela se caracteriza pelo reaparecimento constante, duas ou três vezes por ano e, em alguns casos, até mais do que isso. Essa candidíase precisa de um tratamento mais vigoroso e consistente, geralmente com duração de seis meses, tomando um comprimido no período pré-menstrual, quando é maior a incidência dela.
No entanto, para que realmente se possa fazer o tratamento correto, é imprescindível que se saiba quais as razões do seu aparecimento. Sem a causa básica, não podemos determinar o tratamento.
Existem hoje em dia, um tratamento com vacinas, feito e prescrito por imunologista, o custo é um pouco elevado, mas na maior parte das vezes, consegue-se conter o problema com vacinas de farmácia, que também mexem na parte imunológica e que são mais baratas, ou com comprimidos para tirar a acidez pré-menstrual.