As etapas cronológicas da vida merecem especialistas e, para a mulher, durante a fase reprodutiva,o especialista mais generalista dos dias atuais: o ginecologista e obstetra. Durante a maior parte da vida feminina, quem cuida da mulher é o médico que lhe presta assistência ao aparelho genital e ao parto.
A ginecologia e obstetrícia, especialidade jé desunida no ensino, resiste ainda conjunta na assistência feminina. Mas, já vemos na atualidade a proliferação de sub ( ou super? ) especialista, fragmentando-se a GO, ameaçando o único clínico que herdou o papel, antes desempenhado pelo médico de família, o ginecologista.
Quais as razões dessa herança?
Salvo nas doenças crônicas, são raras as situações nas quais um médico acompanha por longo tempo a cliente, e ainda mais em condição fisiólogica, como a gestação e o parto. E é comum a orientação dessa mulher iniciar-se na adolescência.
É o ginecologista que a acompanha no ínicio da vida sexual, que prescreve o primeiro anticoncepcional, cuida de eventuais dificuldades de gestar, realiza exames preventivos, pré natal e parto. Após a fase reprodutiva, é o ginecologista que a assiste no climatério.
O estar junto com as necessidades femininas aproxima este especialista do marido e da família, em especial dos filhos, já que, em geral, é ele que indica o pediatra para a criança que ajudou a nascer.
Por tudo isso, é comum ser o ginecologista o substituto natural do antigo médico de família, solicitado por sua cliente, para cuidar de pequenas mazelas e orientá-la, indicando, quando necessário, os seus colegas especialistas para lhe prorporcionar uma assistência adequada. Creio que nós, generalistas do feminino, não devemos jamais nos furtar a este papel.