Os vírus HPV podem causar verrugas pelo corpo (na pele e na região oral – lábios, boca…). Outros infectam a região anal e genital. É um microrganismo oportunista que entra no corpo, se aloja nas áreas genitais e pode provocar microlesões no colo do útero. Elas são classificadas de acordo com sua gravidade, podendo ser leve, moderada e perigosa. Entretanto, esta última tem o potencial de progredir para um tumor maligno, se não tratada adequadamente logo que descoberta.
Estudos mostram que 99% das mulheres, que têm câncer de colo uterino, foram antes infectadas pelo HPV. Quando ocorre a infecção genital, ela se manifesta de duas formas: de baixo e de alto risco. Neste caso, o processo infeccioso pode levar ao câncer. A confirmação, porém, só se estabelece por meio de um diagnóstico preciso, capaz de mostrar claramente o subtipo de maior risco.
A primeira vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) foi fabricada pelo laboratório Merck Sharp & Dohme. Denominada Gardasil, ela protege contra quatro tipos de HPV (16 e 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo uterino, e 6 e 11, causadores de 90% das verrugas genitais).
A principal ação da vacina contra o HPV é a de impedir o surgimento do vírus. E isto justifica o agito provocado, tanto na comunidade científica quanto na população, em torno de seus efeitos na prevenção do câncer de colo. Isso porque, a nova vacina é vista como um grande progresso na luta contra o Papiloma Vírus, que costuma agir silenciosamente, muitas vezes sendo percebido somente após anos de sua instalação. Entretanto, até agora, sua eficácia foi comprovada somente para as versões 16 e 18 do vírus, que provocam o câncer de colo de útero, e 6 e 11, que respondem por 90% dos casos de verrugas genitais, único sinal visível da doença.
A vacina tem muitos benefícios, mas traz um importante inconveniente: só funciona 100% em quem ainda não teve contato com o vírus, ou seja, em mulheres que ainda não têm vida sexual ativa. E essa tem sido uma das principais questões levantadas em torno de sua ação, já que é de extrema importância a vacinação antes de uma exposição potencial ao vírus.
Ela é aplicada em mulheres de 9 a 26 anos, em três doses, e seu tempo de proteção é de cinco anos.
A melhor forma de tratamento ainda é a prevenção. Faça uma consulta e proteja-se!